09 de outubro de 2024
14 de setembro de 2017
Encontro Febrafar – além da compra coletiva
Mais do que uma um encontro de negócios, o 2º Encontro Febrafar foi um evento pensado para quebrar paradigmas, um deles é a ideia de que o associativismo farmacêutico está apenas ligado a compra coletiva de medicamentos.
É claro que o maior poder de negociação comprando em grupo é relevante, mas, existem pontos de igual importância e que fazem com que grande parte das redes ligadas a Federação obtenham um crescimento acima do mercado.
Logo no início do primeiro dia o presidente da Febrafar, Edison Tamascia, já avisou: ”Temos que constantemente olhar para o mercado e avaliar nossas ações, refletindo sobre os rumos do modelo que criamos, para saber se caminho é esse ou se é necessário reposicionamento”.
Assembleia e jantar
A importância do encontro já foi comprovada logo no primeiro dia, com o comparecimento de todas as redes da associação. Na ocasião ocorreu a assembleia, que aprovou a entrada de mais uma rede, a Farmaestra, da região de Valinhos. Também foi comunicada a entrada de doze novas sócias honorárias e a saída de três.
A diretora comercial da Febrafar, Karen Corridoni explicou que são muitas as empresas que procuram a Febrafar para ser tornarem sócias honorárias, mas, nem sempre é possível a adesão. “Fazemos uma análise para que só as que tenham sinergia com nosso modelo participem”.
Corridoni também reforçou a importância da utilização pelas redes associadas da Extranet, que foi recentemente desenvolvida, pois é lá que são encontradas as promoções, PBM’s, agendas de eventos e documentos importantes.
Na sequência ocorreram apresentações da Santa Cruz, Hyperfarma, Profarma e Grupo Drogacenter e período da noite um jantar patrocinado pela Hyperfarma/Neoquimica, na Pizzaria Leona.
Encontro de negócios
No segundo dia ocorreu o já tradicional encontro de negócios, que aproximou todas as redes com as 115 sócias honorárias, sendo 63 indústrias, 38 distribuidores e 14 prestadores de serviços. Em um espaço especialmente preparado no Hotel Bourbon Ibirapuera, cada rede tinha uma mesa na qual recebeu representantes do mercado para alinhar estratégias de negócios.
“O Encontro de negócios que realizamos tem uma característica diferente, pois o foco não é o fechamento direto dos negócios, mas sim alinhamentos de estratégias das empresas com as redes para que essas possam levar as melhores oportunidades para suas farmácias”, explicou José Abud Neto.
A movimentação foi intensa no decorrer do dia, ocorrendo tudo dentro de um clima de muita alegria e confraternização. “Temos observado anualmente a tomada de força da Febrafar e isso é comprovado no evento, o que é muito gratificante”, comentos José Lúcio Alves, vice-presidente da Febrafar.
Conhecimento estratégico
O último dia do evento foi marcado pela grande troca de informações e conhecimentos, tendo iniciado com uma apresentação comercial da Panpharma. Logo na sequência foi a vez do palestrante Adir Ribeiro, presidente e fundador da Praxis Business e especialista em franchising e varejo, apresentar importantes reflexões para o público.
Um dos pontos reforçado por Adir Ribeiro é a necessidade de que franquiados ou proprietários de farmácias se tornem efetivamente empresários, para tanto foi passado um panorama do mundo atual e seu impacto no varejo. Um mundo segundo o palestrante ‘fisital’, ou seja, que mistura experiências do físico com o digital.
Mas, a principal mensagem passada foi a da necessidade do empreendedor buscar o autoconhecimento, entendendo suas principais características e aprimorando as deficiências. “Empreender é lutar todo dia contra sua zona de conforto, não adianta acreditar em melhores resultados se não forem pensadas e aplicadas novas ideias”, finalizou Adir Ribeiro.
Pesquisa e estratégia
Finalizando o evento, o presidente da Febrafar, fez uma contundente apresentação, na qual apresentou possíveis e importantes mudanças que devem ocorrer nos próximos anos, muitas dessas que estão além da ‘linha de visibilidade’ dos empresários. O que faz com que sejam necessárias mudanças das redes para que elas se fortaleçam.
“É preciso entender que o associativismo tem muito mais a oferecer do que a compra coletiva e é isso que fará com que as redes se fortaleçam no futuro. A Febrafar tem constantemente desenvolvido ferramentas que são diferenciais para as redes no mercado, porém, em muitos casos essas poderiam ser melhor utilizadas”, alertou Tamascia.
Um exemplo é o modelo de cartão fidelidade da Febrafar, que não é fácil ser copiado. Com base em estudo e pesquisa realizados pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC) o programa de fidelidade é o melhor caminho para retenção de clientes e, consequentemente, de associados para as redes.
Além disso, a pesquisa Opinião dos Consumidores sobre Programas de Fidelidade, apresentada com exclusividade, mostrou que 68% das pessoas não participam de nenhum programa de fidelidade, mas que 92% dizem que gostariam de participar. O que mostra um campo imenso a ser trabalhado, sendo que o programa de farmácias é o segundo mais desejado.
Os números mostram que as redes da Febrafar ainda têm muito a evoluir. Atualmente, o Programa de Fidelidade PEC está implementado em 44% (3.235) do universo das farmácias das redes associadas, atingindo atualmente mais de 9 milhões de clientes cadastrados. Entretanto, o mais interessante é que o ticket médio nas lojas que utilizam o programa é 35% maior de que o ticket médio demonstrado pelo Painel de Aferição de Indicadores (PAI).
“A principal mensagem é que se não evoluirmos em alguns pontos, não adianta jogar a culpa no outro. A responsabilidade é nossa, podemos ser melhores do que somos, para tanto é fundamental que todos caminhemos juntos, reforçando o espírito coletivo”, finalizou Tamascia.