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13 de março de 2013
Da Redação
A sul-africana Aspen Pharma, que entrou no mercado nacional em 2010, planeja transformar sua operação no País em uma plataforma de exportação para o Cone Sul. Para isso, está dobrando a capacidade produtiva de sua fábrica no Espírito Santo, com aporte de R$ 30 milhões.
Já a francesa Boiron, que lançou seu primeiro produto no País em 2009, quer botar seus remédios homeopáticos para brigar de frente com alopáticos. Em 2012, a empresa cresceu 70% no Brasil e aguarda para este ano aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o lançamento de três novos produtos.
“Começamos a operar na Argentina e Uruguai no final do ano passado, Peru a gente começa a operar no segundo semestre deste ano, depois Chile. Esperamos que, ao longo de 2013, o Cone Sul esteja consolidado, aí o Brasil passará a ser a plataforma [de exportação]. Para isso, já estamos começando a expandir a fábrica”, conta o CEO da Aspen Pharma Brasil, Alexandre França.
A expectativa é começar a exportar já no segundo semestre de 2014, com a ampliação da fábrica de uma capacidade de 20 milhões de comprimidos mensais para 40 milhões, e a criação de uma nova área de líquidos, até o final deste ano. Hoje a empresa produz localmente 20% do que vende no Brasil, sendo o restante 40% terceirizado e 40% importado da matriz sul-africana. A expectativa é atingir entre 50% e 60% de fabricação própria.
Diferentemente das demais multinacionais farmacêuticas, a Aspen Pharma cresce com uma estratégia de aquisição de marcas consolidadas, como os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) Alcachofra, Calman, Leite de Magnésia de Phillips, Kwell e Senan e os prescritos Zyloric, Insunorm e Aldomet. “Não temos foco em pesquisa e desenvolvimento, somos uma empresa de produtos maduros, com o menor custo e a melhor distribuição”, diz França.
Com um portfólio atual de mais de 60 marcas, cerca de 60% do negócio da empresa vem do varejo e os demais 40%, do segmento hospitalar. O objetivo é chegar a uma proporção de 70/30 em dois anos. Dentro da divisão de varejo, 80% são medicamentos prescritos e 20% MIPs, com meta de também chegar a 70/30 também.
O interesse no segmento de MIPs tem explicação nos números deste mercado, que movimenta cerca de 30% dos negócios do setor farmacêutico e determina a estratégia de aquisições da companhia. “No passado, dávamos prioridade aos produtos de prescrição, agora olhamos as oportunidades de maneira equilibrada dentro do segmento de varejo – em hospitalar, não pretendemos comprar nada”, diz.
A Aspen projeta fechar o ano fiscal, que se encerra em junho de 2013, com faturamento de R$ 180 milhões no Brasil, avanço de 20% sobre o ano anterior. Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 15% no portfólio já consolidado.
Além da aquisição de marcas, a empresa também olha para empresas locais. “Temos conversado com três, quatro empresas, de nível médio e faturamento na casa dos R$ 100 milhões, mas essa não é nossa prioridade, pois não temos interesse em uma nova fábrica”, afirma. Assim, a meta da empresa é chegar a um faturamento de R$ 400 milhões até 2017.
HOMEOPÁTICOS
Com apenas três produtos no mercado nacional, a francesa Boiron avança tanto em farmácias de manipulação quanto no varejo farmacêutico tradicional. “Do ponto de vista comercial estamos tendo sucesso. Os desafios vêm da parte regulatória. Nos últimos anos, o Brasil teve um grande crescimento na indústria farmacêutica, com muitas empresas novas chegando, e a estrutura da Anvisa (agência reguladora brasileira) continua a mesma”, critica o diretor da Boiron para o Brasil, Ricardo Ferreira.
Segundo o executivo, o mercado homeopático brasileiro tem duas particularidades: o fato de a homeopatia ser uma especialidade médica e a existência de farmácias especializadas. “Isso dá ao segmento credibilidade e visibilidade maior do que em outros países”, acredita.
Para Ferreira, no entanto, os maiores concorrentes da Boiron hoje são medicamentos isentos de prescrição alopáticos, e não outros homeopáticos. “O público em geral, cada vez mais, procura opções naturais, em busca de qualidade de vida.” A empresa possui três medicamentos em fase final de aprovação, com expectativa para lançamento ainda este ano – um para a primeira dentição do bebê, um colírio e um medicamento para rinite alérgica.
Presente em São Paulo, Rio e Brasília, a empresa também planeja expandir sua presença comercial para três estados do Sul e também Minas Gerais. A meta para 2013 é de um crescimento de 60% no País, sem contar os lançamentos. A companhia trabalha aqui apenas com importação, tendo quatro fábricas na França e uma na Bélgica. “O tema da produção local ainda não está sobre a mesa, talvez um dia esteja”, cogita Ferreira. A empresa cresceu 8,2% no faturamento global em 2012, somando 566 milhões de euros (US$ 734,6 milhões).
Fonte: DCI
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