09 de outubro de 2024
03 de abril de 2023
Pesquisa aponta que consumidor prioriza preço de medicamentos
Para o ano de 2023, o ajuste máximo de preços permitido será de 5,60% (cinco inteiros e sessenta centésimos por cento), para todos os níveis de medicamentos, segundo resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) de 30 de março.
Agora as empresas produtoras de medicamentos deverão apresentar Relatório de Comercialização à até 10 de abril de 2023, a ser preenchido de acordo com instruções específicas do Sistema de Acompanhamento do Mercado de Medicamentos (Sammed).
Esse aumento deve impactar mais de 13 mil apresentações de remédios à venda nas farmácias. Importante lembrar que os preços dos medicamentos têm uma dinâmica diferente dos demais produtos de mercado, com apenas um reajuste por ano e esse estabelece o preço máximo que esses podem ser vendidos nas farmácias.
De acordo com a 6ª Pesquisa do Perfil de Compra dos Clientes das Farmácias, esse aumento impactará em cheio a maior preocupação dos consumidores quando o assunto é compra em farmácias, sendo que a maioria dos entrevistados afirma priorizar os preços na hora de comprar um medicamento.
A pesquisa, realizada pela Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), por meio do IFEPEC em parceira com o Instituto de Economia da Unicamp, aponta o crescimento dos consumidores que consideram o preço como o principal pré-requisito para a escolha da farmácia. Passando de 79,9% em 2022 para 82,13% em 2023.
Fica claro que os entrevistados têm vontade de economizar ao entrar em uma farmácia. “Por meio desse questionamento observamos que o impacto do aumento será sentido nas finanças dos brasileiros, mas eles não deixarão de consumir esses produtos, que são de necessidade básica”, analisa Edison Tamascia, presidente da Febrafar.
Outra tendência dos consumidores observada é uma constante queda do ticket médio de compra, que era de R$54,01 em 2021, passou para R$43,71 em 2022 e agora em 2023 está em 41,99.
A quantidade de itens comprados também diminuiu, passando de uma média de 3 por compras em 2021, para 2,6 em 2022, e, na sequência, 2,4 em 2023. Em contrapartida, 42% dos entrevistados declararam que aumentaram a frequência de compra em farmácias.
“A grande a importância desta pesquisa é que mostra um retrato real do comportamento dos consumidores no varejo farmacêutico nacional, com seus hábitos e preocupações. Com base nesses dados, as farmácias podem aprimorar os serviços prestados”, explica Tamascia.
Consumidor só pesquisa nas farmácias
Outro ponto de destaque é que 31,1% dos consumidores afirmaram que realizaram alguma forma de pesquisa de preços em outras farmácias antes de efetuar sua compra. Em 2022, esse percentual era de 15,3%.
Do ano de 2022 para 2023, também ocorreu um crescimento significativo no percentual de consumidores que afirmou já ter comprado medicamentos de forma não presencial. Chegando a 24,8% em 2023, no ano anterior esse número era de 16,8%.
Ponto importante apontado pela pesquisa é que dos consumidores que afirmaram comprar medicamento de “forma não presencial”, 87,5% responderam que utilizam o WhatsApp ou o telefone.
Sobre a pesquisa
A Febrafar promoveu a 6ª Pesquisa do Perfil de Compra dos Clientes das Farmácias. Toda ação foi coordenada pelo IFEPEC (Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa) em parceria com o NEIT (Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia, do Instituto de Economia da Unicamp).
Foram entrevistados 4.000 clientes, abordados nas ruas das capitais brasileiras, após efetuarem suas compras em farmácias selecionadas de acordo com os agrupamentos ao qual pertencem, segundo dados da IQVIA, isto é: Abrafarma, Outras Redes Corporativas, Febrafar, Outros Agrupamentos e Farmácias Independentes.