09 de outubro de 2024
16 de junho de 2015
PharManager debate mercado e posicionamento com modelo de loja
Publicado 16/06/2015
Começou nesta terça-feira (16) o Fórum Nacional PharManager, que reúne cerca de 600 executivos do setor Farma e HPC para discutir temas sobre o mercado e o planejamento nos negócios. Na manhã de abertura do evento, os convidados mostraram o constante crescimento do varejo farmacêutico, ainda que com desaceleração, o mercado tem apresentado resultado superior a expectativa. Segundo Edu Rocha, Diretor de Relacionamento com provedores de informação da IMS Health, março de 2015 foi o melhor da história farmacêutica do País. E em maio, o setor cresceu 11,5%.
Dados da IMS Health mostram que o ano passado houve desaceleração dos MIPs (Medicamento Isento de Prescrição). Rocha explica que este fator se deve a um inverno fraco e pouco incidência de resfriados. Mas aponta um inverno mais rigoroso e possível recuperação da categoria neste ano. Rocha ainda destacou o crescimento dos medicamentos com prescrição e lembrou que são eles os motivadores de compra do consumidor, ou seja, o que leva ele à farmácia.
E assim como os medicamentos que sofrem com variação climáticas, categorias de maior preço como dermocosméticos, nutrição e vitaminas e sais minerais também são afetadas. Mas outros setores, como Consumer Health e Personal Care são opções de incremento ao faturamento. O mercado de Consumer Health, de acordo com Rocha, é de R$ 76 milhões (preço de venda ao consumidor). Personal Care cresce 12% ao ano. A venda de não medicamentos em alta levou o debate para a discussão do modelo de loja.
Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, falou dos diferentes posicionamentos do varejo com o exemplo das duas maiores redes de farmácias dos Estados Unidos: Walgreens e CVS. A primeira optou por focar seu portfólio no mercado de conveniência, já a segunda, direcionou ao atendimento de cosméticos. Dessa forma, explica Terra, o cliente vai escolher a loja de acordo com sua missão de compra. O modelo americano, pouco replicável no Brasil devido as diferenças de legislação, é um exemplo para entender como o posicionamento da loja é fundamental para determinar a missão de cada loja e desenvolver a sua estratégia.
Foto: arquivo